A Investigação de Crime Organizacional no Brasil

Crimes comum – furto, estupro, roubo armado, até homicídio – podem ocorrer em qualquer lugar, em qualquer situação, em qualquer momento. Não obstante, crime de colarinho branco não acontece em isolamento.

Crime empresarial existe em função da organização e do mercado. Sem o mercado e as empresas que o compõe, este crime não existiria. Por exemplo, na psicologia, a existência do inconsciente é o lado avesso do consciente. Ainda mais, o inconsciente presume a existência do consciente, e vice versa. Um não pode existir sem o outro. Desta maneira, o crime corporativo representa o lado oculto da empresa legitimo e do mercado oficial.

Investigação de Crime

O crime corporativo explora estruturas, processos e mercados legítimos para fins ilícitos. O criminoso organizacional não é meramente um indivíduo desajustado ou alienado. Ele é um participante em um sistema sócio-organizacional oculto e paralelo, que existe às sombras da empresa legítima.

Portanto, a investigação de crime organizacional é conduzida por meio de análises de processos e sistemas econômico-financeiros. Utiliza-se um raciocínio de inteligência estratégico: mudar de um desconhecido para um conhecido, tirando de fatos organizacionais, financeiros, mercadológicos e econômicos conclusões sobre fatos psicossociais.

Assim, o processo investigativa envolve:

  • A caracterização dos crimes.
  • Identificar dos envolvidos, seja por envolvimento direto nos atos ilícitos ou envolvimento indireto pela sua posição relativo á organização.
  • Mapear a estrutura do grupo criminoso.
  • Delinear do mercado oculto e paralelo.
  • Identificar aberturas no mercado facilitando e incentivando o crime.
  • Apontar as vulnerabilidades nos processos e estruturas organizacionais.
  • Elucidar os interesses da empresa afetados pela esquema criminoso.
  • Avaliar a ameaça para a empresa.
  • Determinar as prioridades da empresa e os objetivos da investigação.
  • Definir e executar a estratégia de investigação.