O professor Leandro Karnal tem observado a existência de pessoas que “substituíram cultos como do Papai Noel” pelo da “corrupção isolada”, segundo o qual apenas alguns poucos agentes da sociedade seriam corruptos – quando na realidade, nota ele, “a corrupção começa ao andar pelo acostamento, no recibo comprado para o IR, no atestado médico falso”. O mito da corrupção como algo que parece existir só ao ser condensado em uma empresa ou partido vem sendo catalogado há mais de 15 anos pelo time do advogado internacional Barry Wolfe, especializado em investigação de fraudes e criação de políticas de governança empresarial para evitar desvios éticos.